1. Na Roma Antiga, a expressão
"até tu Brutus?" foi atribuída a Júlio César que, de acordo com
fontes históricas, a teria proferido no momento de seu assassinato, em 44 a.C.
Nesse contexto da história de Roma, Júlio César tornou-se conhecido
porque
a) iniciou o processo de expansão
romana, desencadeando as chamadas guerras púnicas, por meio das quais Roma se
converteu em potência marítima.
b) criou o primeiro código escrito,
denominado "Leis das Doze Tábuas", que tratava de assuntos referentes
ao Direito Civil e ao Direito Penal.
c) adquiriu grandes poderes e
privilégios especiais, como os títulos de ditador perpétuo e de censor
vitalício, suscitando lutas políticas pelo poder, sobretudo no Senado
Romano.
d) contribuiu, com as suas leis
abolicionistas, para crise geral do escravismo romano, que abalou as atividades
agrícolas de todo o Império Romano.
e) propôs à Assembleia Romana o seu
projeto de reforma agrária, limitando a ocupação de terras públicas aos
cidadãos romanos.
2. (Fuvest) "A história da
Antiguidade Clássica é a história das cidades, porém, de cidades baseadas na
propriedade da terra e na agricultura."
(K. Marx. "Formações econômicas
pré-capitalistas.")
Em decorrência da frase de Marx, é
correto afirmar que
a) os comerciantes eram o setor
urbano com maior poder na Antiguidade, mas dependiam da produção
agrícola.
b) o comércio e as manufaturas eram
atividades desconhecidas nas cidades em torno do Mediterrâneo.
c) as populações das cidades
greco-romanas dependiam da agricultura para a acumulação de riqueza
monetária.
d) a sociedade urbana greco-romana se
caracterizava pela ausência de diferenças sociais.
e) os privilégios dos cidadãos das
cidades gregas e romanas se originavam da condição de proprietários
rurais.
3. (Fatec) A expansão romana pelo Mar
Mediterrâneo gerou importantes transformações políticas, econômicas e
sociais.
Dentre elas temos:
a) fortalecimento da família;
desenvolvimento das atividades agropastoris; grande afluxo de riquezas,
provenientes das conquistas.
b) aumento do trabalho livre; maior
concentração populacional nos campos e enriquecimento da elite patrícia.
c) influência bastante grande da
cultura grega; domínio político dos plebeus; grande moralização dos
costumes.
d) fim do trabalho escravo;
concentração da plebe no campo; domínio político dos militares.
e) grande número de escravos;
predomínio do comércio; êxodo rural, gerando o empobrecimento da plebe.
4. (Fgv) O Edito de Milão (313), no
processo de desenvolvimento histórico de Roma, reveste-se de grande
significado, tendo em vista que
a) combateu a heresia ariana,
acabando com a força política dos bispados de Alexandria e Antioquia.
b) tornou o cristianismo a religião
oficial de todo Império Romano, terminando com a concepção de rei-deus.
c) acabou inteiramente com os cultos
pagãos que então dominavam a vida religiosa.
d) deu prosseguimento à política de
Deocleciano de intenso combate à expansão do cristianismo.
e) proclamou a liberdade do culto
cristão passando Constantino a ser o protetor da Igreja.
5. (Fgv) Com a expansão do poder
romano [sob a República], tornou-se enorme a diferença entre a pequena cidade
nascida às margens do Tibre e a Roma todo-poderosa, agora senhora do
Mediterrâneo. A economia, a política, a vida social e religiosa dos romanos
passaram por profundas modificações.
(José Jobson de A. Arruda e Nelson
Piletti, "Toda a História")
Entre as modificações que se pode
identificar está
a) a prosperidade do conjunto da
plebe, maior beneficiária da ampliação do mercado consumidor em função das
províncias conquistadas.
b) a disseminação da pequena
propriedade, com a distribuição da terra conquistada aos legionários, maiores
responsáveis pela expansão.
c) a crescente influência cultural
dos povos conquistados, em especial os gregos, alterando as práticas religiosas
romanas.
d) o enrijecimento moral de toda a
sociedade, que passou a não mais tolerar as bacanais - festas em honra ao deus
Baco.
e) a criação e consolidação do
colonato como base da economia romana e sua disseminação pelas margens do mar
Mediterrâneo.
6. (Fuvest) A expansão de Roma
durante a República, com o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo,
provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais:
a) marcado processo de
industrialização, êxodo urbano, endividamento do Estado.
b) fortalecimento da classe plebeia,
expansão da pequena propriedade, propagação do cristianismo.
c) crescimento da economia
agropastoril, intensificação das exportações, aumento do trabalho livre.
d) enriquecimento do Estado romano,
aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do número de
escravos.
e) diminuição da produção nos
latifúndios, acentuado processo inflacionário, escassez de mão-de-obra
escrava.
7. (Fuvest) Várias razões explicam as
perseguições sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas:
a) a oposição à religião do Estado
Romano e a negação da origem divina do Imperador, pelos cristãos.
b) a publicação do Edito de Milão que
impediu a legalização do Cristianismo e alimentou a repressão.
c) a formação de heresias como a do
Arianismo, de autoria do bispo Ário, que negava a natureza divina de
Cristo.
d) a organização dos Concílios
Ecumênicos, que visavam promover a definição da doutrina cristã.
e) o fortalecimento do Paganismo sob
o Imperador Teodósio, que mandou martirizar milhares de cristãos.
8. (Mackenzie) A ruralização
econômica do Império Romano do Ocidente (do século III ao V d.C.) NÃO teve como
consequência:
a) o rebaixamento de muitos homens
livres à condição de colonos que se tornaram presos à terra.
b) o surgimento do colonato, que se
constituiu no arrendamento de terras aos camponeses.
c) o latifúndio, principal unidade de
produção, tornou-se quase autossuficiente.
d) o aumento do afluxo de escravos
para Roma, que dinamizou a expansão da economia agrícola.
e) o campo tornou-se mais seguro que
as cidades, em decorrência das desordens político-sociais e da crise
econômica.
9. (Mackenzie) Leia o texto:
"Os homens que combatem e morrem
pela Itália têm o ar, a luz e mais nada (...). Lutam e perecem para sustentar a
riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam chamados senhores do mundo, não têm
um único torrão de terra que seja seu."
(Tibério Graco - Perry Anderson,
PASSAGEM DA ANTIGÜIDADE AO FEUDALISMO, pág. 60)
Os irmãos Tibério e Caio Graco,
Tribunos da Plebe romana, pretendiam:
a) limitar a área de terras públicas (Ager
Publicus) ocupadas por particulares e distribuir as mesmas aos cidadãos
pobres.
b) limitar a área de latifúndios e
distribuir as terras públicas aos Patrícios.
c) limitar o direito de cidadania
romana aos habitantes do Lácio, Etrúria e Sabínia.
d) limitar a excessiva expansão
territorial derivada de uma prolongada política de conquista e anexação de
terras.
e) limitar a expropriação dos
latifúndios e estabelecer propriedades coletivas.
10. (Mackenzie) As Guerras Púnicas,
conflitos entre Roma e Cartago, no século II a.C., foram motivadas:
a) pela disputa pelo controle do
comércio no Mar Negro e posse das colônias gregas.
b) pelo controle das regiões da
Trácia e Macedônia e o monopólio do comércio no Mediterrâneo.
c) pelo domínio da Sicília e disputa
pelo controle do comércio no Mar Mediterrâneo.
d) pela divisão do Império Romano
entre os generais romanos e a submissão de Siracusa a Cartago.
e) pelo conflito entre o mundo romano
em expansão e o mundo bárbaro persa.
11. (Mackenzie) Durante a República
Romana, a conquista da igualdade civil e política, os tribunos da plebe e a lei
das Doze tábuas foram decorrentes:
a) da marginalização política,
discriminação social e desigualdade econômica que afetavam a plebe
romana.
b) da crise do sistema escravista de
produção, transformando escravos em colonos e consequente declínio da
agricultura.
c) do elevado poder do exército, que
para conter a pressão das invasões bárbaras realizou reformas
político-administrativas.
d) do afluxo de riqueza para Roma
devido às conquistas e enfraquecimento da classe equestre.
e) da elevação do cristianismo que
pregava a igualdade de todos os homens.
12. (Puccamp) Sobre os primitivos
habitantes da Itália, pode-se afirmar que os:
a) italiotas acomodaram-se no Sul da Itália,
onde desenvolveram povoados.
b) gregos ocuparam a parte Central da
Península, subdividindo-se em vários clãs.
c) etruscos, provavelmente
originários da Ásia, ocuparam o Norte da Península.
d) lígures fixaram-se ao Sul
combatendo ferrenhamente os etruscos.
e) sículos penetraram na Península
através da cadeia dos Alpes e ocuparam o Norte.
13. (Pucpr) A importância de Otávio
Augusto em Roma antiga, concentra-se principalmente no seu esforço para:
a) solucionar a crise agrícola
decorrente da falta de pequenas propriedades.
b) vencer as guerras púnicas,
trazendo paz para a sociedade romana.
c) estruturar um império com governo
centralizado, apoiado em instituições republicanas.
d) impedir que as reformas
introduzidas pelos Gracos alterassem a estrutura agrária de Roma.
e) favorecer a expansão do
cristianismo, conciliando seus princípios com a filosofia romana.
14. (Ufg) O governo da República
romana estava dividido em três corpos tão bem equilibrados em termos de
direitos que ninguém, mesmo sendo romano, poderia dizer, com certeza, se o
governo era aristocrático, democrático ou monárquico. Com efeito, a quem fixar
a atenção no poder dos cônsules a constituição romana parecerá monárquica; a
quem fixá-la no Senado ela mais parecerá aristocrática e a quem fixar no poder
do povo ela parecerá claramente democrática.
(POLÍBIOS. "Historia".
Brasília: Ed. da UnB, 1985. Livro VI, 11. p. 333.)
Políbios descreve a estrutura
política da República romana (509-27 a. C.), idealizando o equilíbrio entre os
poderes. Não obstante, a prática política republicana caracterizou- se
pela
a) organização de uma burocracia
nomeada a partir de critérios censitários, isto é, de acordo com os
rendimentos.
b) manutenção do caráter oligárquico
com a ordem equestre dos "homens novos" assumindo cargos na
administração e no exército.
c) adoção da medida democrática de
concessão da cidadania romana a todos os homens livres das províncias
conquistadas.
d) administração de caráter
monárquico com o poder das assembleias baseado no controle do exército e da
plebe.
e) preservação do caráter
aristocrático dos patrícios que controlaram o Senado, a Assembleia centuriata e
as magistraturas.
15. (Ufrn) Sidônio Apolinário,
aristocrata da Gália romana, escrevendo a um amigo, num período de grandes
transformações culturais, assim se expressou:
O vosso amigo Eminêncio, honrado
senhor, entregou uma carta por vós ditada, admirável no estilo [...]. A língua
romana foi há muito tempo banida da Bélgica e do Reno; mas se o seu esplendor
sobreviveu de qualquer maneira, foi certamente convosco; a nossa jurisdição
entrou em decadência ao longo da fronteira, mas enquanto viverdes e
preservardes a vossa eloquência, a língua latina permanecerá inabalável. Ao
retribuir as vossas saudações o meu coração alegra-se dentro de mim por a nossa
cultura em desaparição ter deixado tais traços em vós [...].
Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria
Guadalupe. "História da Idade Média: textos e testemunhas". São
Paulo: Editora UNESP, 2000. p. 42-43.
A opinião contida no fragmento da
carta está diretamente relacionada às
a) invasões dos territórios do
Império Romano pelos povos germânicos, provocando mudanças nas instituições
imperiais.
b) influências da cultura grega sobre
a latina após a conquista da Grécia pelos romanos e sua anexação ao
Império.
c) vitórias dos romanos sobre Cartago
nas chamadas Guerras Púnicas (264-146 a. C.), impondo a cultura do Império a
todo o norte da África.
d) crises que se abateram sobre o
Império Romano depois do governo de Marco Aurélio (161-180 d. C.), quando o
exército passou a controlar o poder.
16. (Ufscar) Quando a notícia disto
chegou ao exterior, explodiram revoltas de escravos em Roma (onde 150
conspiraram contra o governo), em Atenas (acima de 1.000 envolvidos), em Delos
e em muitos outros lugares. Mas os funcionários governamentais logo as
suprimiram nos diversos lugares com pronta ação e terríveis torturas como
punição, de modo que outros que estavam a ponto de revoltar- se caíram em
si.
(Diodoro da Sicília, sobre a Guerra
Servil na Sicília. 135-132 a.C.)
É correto afirmar que as revoltas de
escravos na Roma Antiga eram
a) lideradas por senadores que
lutavam contra o sistema escravista.
b) semelhantes às revoltas dos
hilotas em Esparta.
c) provocadas pela exploração e maltratos
impostos pelos senhores.
d) desencadeadas pelas frágeis leis,
que deixavam indefinida a situação de escravidão.
e) pouco frequentes, comparadas com
as que ocorreram em Atenas no tempo de Sólon.
17. (Ufv) A respeito das classes que
compunham a sociedade romana na Antiguidade, é CORRETO afirmar que:
a) os "plebeus" podiam
casar-se com membros das famílias patrícias, forma pela qual conseguiam quitar
suas pendências de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensão
social.
b) os "plebeus" compunham a
classe formada pelos camponeses, artesãos e alguns que conseguiam enriquecer-se
por meio do comércio, atividade que lhes era permitida.
c) os "clientes" eram
estrangeiros acolhidos pelos patrícios e transformados em escravos, quando sua
conduta moral não condizia com a de seus protetores.
d) os "patrícios" foram
igualados aos plebeus, durante a democracia romana, quando da revolta dos
clientes, que lutaram contra a exclusão social da qual eram vítimas.
e) os "escravos" por dívida
eram o resultado da transformação de qualquer romano em propriedade de outrem,
o que ocorria para todos que violassem a obrigação de pagar os impostos que
sustentavam o Estado expansionista.
18. (Unaerp) Na história de Roma, o
século III da era cristã é considerado o século das crises. Foi nesse período
que:
a) As tensões geradas pelas
conquistas se refletiram nas contendas políticas, criaram um clima de
constantes agitações, promovendo desordens nas cidades.
b) O exército entrou em crise e
deixou de ser o exército de cidadãos proprietários de terras.
c) O império romano começou a sofrer
a terrível crise do trabalho escravo, base principal de sua riqueza.
d) Os soldados perderam a confiança
no Estado e tornaram-se fiéis a seus generais partilhando com eles os espólios de
guerra.
e) Os conflitos pela posse da terra
geraram a Guerra Civil.
19. (Unesp) "O vínculo entre os
legionários e o comandante começou progressivamente a assimilar-se ao existente
entre patrão e cliente na vida civil: a partir da época de Mário e Sila, os
soldados procuravam os seus generais para a reabilitação econômica e os
generais usavam os soldados para incursões políticas."
(Perry Anderson, "PASSAGEM
DA ANTIGUIDADE AO FEUDALISMO".)
O texto oferece subsídios para a
compreensão:
a) da crise da República
romana.
b) da implantação da monarquia
etrusca.
c) do declínio do Império
Romano.
d) da ascensão do Império
Bizantino.
e) do fortalecimento do Senado.
20. (Unifesp) Fomos em busca dos
homens fugidos de nosso povoado e descobrimos que cinco deles e suas famílias
estavam nas terras de Eulogio, mas os homens deste senhor impediram nos com
violência de nos aproximar da entrada do domínio.
(Egito romano, em 332 d.C.)
... os colonos não têm liberdade para
abandonar o campo ao qual estão atados por sua condição e seu nascimento. Se
dele se afastam em busca de outra casa, devem ser devolvidos, acorrentados e
castigados.
(Valentiniano, em 371 d.C.)
Os textos mostram a
a) capacidade do Império romano de
controlar a situação no campo, ao levar a cabo a política de transformar os
escravos em colonos presos à terra.
b) luta de classes, entre camponeses
e grandes proprietários, pela posse das terras que o Estado romano, depois da
crise do século III, é incapaz de controlar.
c) transformação, dirigida pelo
governo do Baixo Império, das grandes unidades de produção escravistas em
unidades menores e com trabalho servil.
d) permanência de uma política
agrária, mesmo depois da crise do século III, no sentido de assegurar um número
mínimo de camponeses soldados.
e) impotência do governo romano do
Baixo Império em controlar a política agrária, por ele mesmo adotada, de fixar
os pobres livres no campo
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