1.
(Puccamp) Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar
pro Brasil: gostamos muito do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do
Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o
patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas.
Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade, com a verdade, e o
pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que
era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do
ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa
cultura, anulando a gente como civilização.
A respeito do início da colonização, período abordado pelo texto,
pode-se afirmar que a primeira forma de exploração econômica exercida pelos
colonizadores, e a dominação cultural e religiosa difundida pelo território brasileiro são, respectivamente,
a) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas pelos paulistas.
b) a extração das "drogas do sertão" e a implantação das
missões.
c) o escambo de pau-brasil e a catequização empreendida pela Companhia
de Jesus.
d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua geral" em
toda a Colônia.
e) o
cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação" dos índios por meio da
agricultura.
2. (Mackenzie) Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito
"prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá
surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D.
Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar
conchas e buzinas, saltando e dançando (...)
Náufragos Degredados e Traficantes
(Eduardo Bueno)
Este contato amistoso entre brancos e índios preservado:
a) pela Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena no decurso da
catequese.
b) até o início da colonização quando o índio, vitimado por doenças,
escravidão e extermínio, passou a ser descrito como sendo selvagem, indolente e
canibal.
c) pelos colonos que escravizaram somente o africano na atividade
produtiva de exportação.
d) em todos os períodos da História Colonial Brasileira, passando a
figura do índio para o imaginário social como "o bom selvagem e forte
colaborador da colonização".
e)
sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o
genocídio e a escravidão.
3. (Fatec) Dentre as características gerais do período pré-colonizador
destaca-se
a) o grande interesse pela terra, pois as comunidades primitivas do
nosso litoral produziam excedentes comercializados pela burguesia mercantil
portuguesa.
b) o extermínio de tribos e a escravização dos nativos, efeitos diretos
da ocupação com base na grande lavoura.
c) a montagem de estabelecimentos provisórios em diferentes pontos da
costa, onde eram amontoadas as toras de pau-brasil, para serem enviadas à
Europa.
d) a distribuição de lotes de terras a fidalgos e funcionários do Estado
português, copiando-se a experiência realizada em ilhas do Atlântico.
e) a
implantação da agromanufatura açucareira, iniciada com construção do Engenho do
Senhor Governador, em 1533, em São Vicente.
4. (Fgv) Sobre os povos dos sambaquis, é incorreto afirmar que:
a) sendo nômades, ocuparam a faixa amazônica, deslocando-se durante
milhares de anos, do Marajó a Piratininga;
b) sedentários, viviam da coleta de recursos marítimos e de pequenas
caças;
c) as pesquisas arqueológicas demonstram que tais povos desenvolveram
instrumentos de pedra polida e de ossos;
d) na chegada dos primeiros invasores europeus, esses povos já se encontravam
subjugados por outros grupos sedentários;
e) esses
povos viveram na faixa litorânea, entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul,
basicamente dos recursos que o mar oferecia.
5. (Fuvest) Os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil,
em 1500, mas a administração da terra só foi organizada em 1549. Isso ocorreu
porque, até então,
a) os índios ferozes trucidavam os portugueses que se aventurassem a
desembarcar no litoral, impedindo assim a criação de núcleos de povoamento.
b) a Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas, impedia a presença
portuguesa nas Américas, policiando a costa com expedições bélicas.
c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o Oriente, onde
vitórias militares garantiam relações comerciais lucrativas.
d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos indígenas
ao longo do litoral bem como as feitorias da costa sul-atlântica.
e) a
população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamento de
funcionários administrativos.
6. (Mackenzie) E então, por cerca de trinta anos, aquele vasto
território seria virtualmente abandonado pela Coroa portuguesa, sendo arrendado
para a iniciativa Privada e se tornando uma imensa fazenda extrativista de
pau-brasil. Iriam se iniciar, então, as três décadas menos documentadas e mais
desconhecidas da História do Brasil.
Náufragos, Traficantes e Degredados
- As Primeiras Expedições do Brasil
Assinale o período histórico analisado pelo texto acima e suas características.
a) Período Colonial, caracterizado pela monocultura e economia
exportadora de cana-de-açúcar.
b) Economia mineradora, marcada pelo povoamento da área mineira e
intensa vida urbana.
c) Período Pré-Colonial, fase de feitorias, economia extrativista, utilização
do escambo com os nativos, ausência de colonização sistemática.
d) Fase da economia cafeeira, com acumulação interna de capitais e sem
grandes mudanças na estrutura de produção.
e) Período
Joanino, de grande abertura comercial e profundas transformações culturais.
7. (Puc-rio) Leia as afirmativas a seguir sobre a expedição de Pedro
Álvares Cabral, que saiu de Lisboa em março de 1500:
I) A missão da esquadra era expandir a fé cristã e estabelecer relações
comerciais com o Oriente, de modo a trazer as valiosas especiarias para
Portugal; desta maneira, reunia num mesmo episódio os esforços da Coroa, da
Igreja e dos grupos mercantis do Reino.
II) Chegar às Índias através de um caminho inteiramente marítimo só foi
possível após o longo "périplo" realizado pelas costa africana,
durante o século XV, por diversos navegadores portugueses, cujos expoentes
foram Bartolomeu Dias e Vasco da Gama.
III) A viagem expressou a subordinação da Coroa portuguesa à Igreja
Católica, na época dos descobrimentos, já evidenciada quando o Papa estabeleceu
a partilha do Mundo Novo, em 1494, através do tratado de Tordesilhas.
IV) Era objetivo da viagem tomar posse de terras a Oeste, de modo a
assegurar o controle do Oceano Atlântico Sul e, consequentemente, da rota
marítima para as Índias.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
a) somente I, II e III.
b) somente I, III e IV.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, II e IV.
e) todas
as afirmativas estão corretas.
8. (Pucrs) Responder à questão sobre o período pré-colonial brasileiro,
com base no texto a seguir:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para
traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes
quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas
vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós,
somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis então ao vosso país,
levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos."
(MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o
genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
O texto anterior faz alusão ao comércio que marcou o período
pré-colonial brasileiro conhecido por
a) mita.
b) escambo.
c) encomienda.
d) mercantilismo.
e)
corvéia.
9.
(ENEM-2001) Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização
brasileira.
I. “Mais uma
vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e que
tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente.A justificativa é a de
que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus.(…) É
preciso congelar essas idéias colonizadoras, porque elas são irreais e
hipócritas e também genocidas.(…) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser
escutados na nossa língua, nos nossos costumes.”
Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos
Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de
agosto de 1994.
II. “O Brasil
não terá índios no final do século XXI (…) E por que isso? Pela razão muito
simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das
demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra
coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou
por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a
um estágio civilizatório.”
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de
1994.
Pode-se
afirmar, segundo os textos, que
a) Tanto Terena quanto Jaguaribe propõem
idéias inadequadas, pois o primeiro deseja a aculturação feita pela
“civilização branca”, e o segundo, o confinamento de tribos.
b) Terena quer transformar o Brasil numa
terra só de índios, pois pretende mudar até mesmo a língua do país, enquanto a
idéia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade
cultural dos índios.
c) Terena compreende que a melhor
solução é que os brancos aprendam a língua tupi para entender melhor o que
dizem os índios. Jaguaribe é de opinião que, até o final do século XXI, seja
feita uma limpeza étnica no Brasil.
d) Terena defende que a sociedade
brasileira deve respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe acredita na inevitabilidade
do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade
brasileira.
e) Terena propõe que a integração
indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe propõe que essa
integração resulte de decisão autônoma das comunidades indígenas.
10. (Ufc) Acerca das pretensões iniciais da exploração e conquista do
Brasil, assinale a alternativa correta.
a) Interesses antropológicos levaram os portugueses a fazer contato com
outros povos, entre eles os índios do Brasil.
b) O rei dom Manuel tinha-se proposto chegar às Índias navegando para o
ocidente, antecipando-se, assim, a Cristovão Colombo.
c) O interesse científico de descobrir e classificar novas espécies
motivou cientistas portugueses para lançarem-se à aventura marítima.
d) Os conquistadores estavam interessados em encontrar terras férteis
para desenvolver a cultura do trigo e, assim, dar solução às crises agrícolas
que sofriam em Portugal.
e) Os
portugueses estavam interessados nas riquezas que as novas terras descobertas podiam
conter, além de garantir a segurança da rota para as Indias.
11. (Ufes) Os Tupinikim, uma das maiores nações indígenas brasileiras,
possuíam as seguintes características no período colonial:
I - viviam da pesca, da caça, da coleta de frutos e raízes proporcionada
pelas florestas e matas;
II - tiveram suas manifestações culturais, tradições e ritos cerceados,
nas regiões onde foram encampados pelos aldeamentos jesuítas;
III - exploravam latifúndios respeitados pela colonização branca e
viviam pacificamente com os portugueses no interior do Brasil;
IV - ocupavam parte do litoral brasileiro, na faixa compreendida entre o
sul da Bahia e o Paraná.
Em relação às proposições acima, está CORRETO o que se afirma
a) apenas em I, II e III.
b) apenas em II, III e IV.
c) apenas em I, III e IV.
d) apenas em I, II e IV.
e) em
todas elas.
12. (Uff) A "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em 1500, é
considerada como um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em
seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se:
a) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em
conta sua antropofagia;
b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no
que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica
e moderna;
c) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à
elevada temperatura que nada deixaria produzir;
d) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da
experiência da nova visão de homem, característica do século XV;
e) a
consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por
Deus na Gênese.
13. (Uflavras) "O fato de Cabral não ter trazido
consigo nenhum padrão de pedra - com os quais desde os tempos de Diogo Cão, os
lusos assinalavam a posse de novas terras - já foi apontado como uma prova de
que o descobrimento do Brasil foi fortuito e que a expedição não pretendia
"descobrir novas terras, mas subjugar as já conhecidas". Isto talvez
seja fato. Mas por outro lado, é preciso lembrar que a posse sobre aquele
território já estava legalmente assegurada desde a assinatura do Tratado de
Tordesilhas - independentemente da colocação de qualquer padrão."
(Eduardo Bueno. "A Viagem do Descobrimento
- A verdadeira história da expedição de Cabral". 1998, p.109.)
As alternativas abaixo correspondem a análises possíveis do trecho em
questão. Todas são verdadeiras, EXCETO:
a) o autor faz uma menção à "Tese da Casualidade da
Descoberta".
b) o autor é incondicionalmente favorável à segunda tese e justifica-se
pelas características do Tratado de Tordesilhas.
c) o autor se refere também à "Tese da Intencionalidade da
Descoberta".
d) para o autor, a questão dos "marcos de pedra" pode apoiar
ambas as teses.
e) o autor
não atribui grande importância à questão dos "marcos de pedra".
14.(ANGLO/SIMULADO/2000) Leia os excertos abaixo, compare-os e assinale
a alternativa que contém a asserção correta sobre eles.
Excerto I
“Esta
[língua tupi] é mui branda, a qualquer nação fácil de tomar (...): carece de
três letras, convém saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de
espanto porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei e desta maneira vivem
desordenadamente sem terem além disto conta nem peso, nem medida.”
(Pero de
Magalhães Gandavo – cronista português do séc. XVI. História da Província de
Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos Brasil.)
Excerto II
“Ora sabereis que a sua riqueza de
expressão intelectual é tão prodigiosa, que falam numa língua e escrevem noutra.
(...) Nas conversas utilizam-se os paulistanos dum linguajar bárbaro e
multifário, crasso de feição e impuro no vernáculo, mas não deixa de ter o seu
sabor e força nas apóstrofes, e também nas vozes do brincar. (...) Mas se de
tal desprezível língua se utilizam na conversação os naturais desta terra, logo
que tomam da pena, se despojam de tanta asperidade, e surge o Homem Latino, de
Lineu exprimindo-se numa outra linguagem (...), que, com imperecível galhardia,
se intitula: língua de Camões!”
(Mário de
Andrade. Macunaíma, cap. IX — “Carta pras Icamiabas”, 1928).
a) O
comentário do cronista sobre a língua e a cultura indígena contém uma ironia
carregada de preconceito. Ao contrário disso, não há ironia cultural, só
lingüística, no que Macunaíma diz da língua portuguesa.
b) O cronista colonial observa a
ausência de três letras na língua indígena, F, L e R, para concluir daí, sem
nenhuma ironia, o estado de desordem em que viviam os aborígines. Também não há
ironia no que Macunaíma diz da língua portuguesa.
c) A visão do
colonizador português, contida no excerto I, é idêntica à do colonizado,
expressa no excerto II. Ambos se igualam na compreensão que revelam das
diferenças lingüísticas e culturais.
d) A ironia do colonizador
(excerto I) desmerece a língua e a cultura indígena. A ironia do índio
Macunaíma (excerto II) ridiculariza a colonização cultural dos brasileiros,
quando escrevem numa suposta “língua de Camões”, latinizada e pomposa, que o
próprio Macunaíma parodia em sua carta.
e) O texto de
Gandavo mostra uma compreensão da cultura indígena incomum para a sua época, ao
tratá-la com respeito e seriedade, sem nenhum traço de ironia. O mesmo não se
pode dizer do
15. (Ufpe) As feitorias portuguesas no Novo Mundo foram formas de assegurar,
aos conquistadores, as terras descobertas. Sobre essas feitorias, é correto
afirmar que:
a) a feitoria foi uma forma de colonização, empregada por portugueses na
África, na Ásia e no Brasil, com pleno êxito para a atividade agrícola.
b) as feitorias substituíram as capitanias hereditárias durante o
Governo Geral de Mem de Sá, como proposta mais moderna de administração
colonial.
c) as feitorias foram estabelecimentos fundados por portugueses no
litoral das terras conquistadas e serviam para armazenamento de produtos da
terra, que deveriam seguir para o mercado europeu.
d) tanto as feitorias portuguesas fundadas ao longo do litoral
brasileiro quanto as fundadas nas Índias tinham idêntico caráter: a presença do
Estado português e a ausência de interesses de particulares.
e) o êxito
das feitorias afastou a presença de corsários franceses e estimulou a criação
das capitanias hereditárias.
16. (Ufrrj) "Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela,
ou outra coisa de metal ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de
muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque
neste tempo dagora assim os achávamos como os de lá. (As) águas são muitas;
infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela
tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode
tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente
que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa
Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute (isso) bastava. Quanto
mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja,
a saber, acrescentamento da nossa fé!"
("Carta de Pero Vaz Caminha ao Rei de Portugal" em 1°/5/1500.)
Seguindo a evidente preocupação de descrever ao Rei de Portugal tudo o
que fora observado durante a curta estadia na terra denominada de Vera Cruz, o
escrivão da frota cabralina menciona, na citada carta, possibilidades
oferecidas pela terra recém-conhecida aos portugueses.
Dentre essas possibilidades estão
a) a extração de metais e pedras preciosas no interior do território,
área não explorada então pelos portugueses.
b) a pesca e a caça pela qualidade das águas e terras onde aportaram os
navios portugueses.
c) a extração de pau-brasil e a pecuária, de grande valor econômico
naquela virada de século.
d) a conversão dos indígenas ao catolicismo e a utilização da nova terra
como escala nas viagens ao Oriente.
e) a
conquista de Calicute a partir das terras brasileiras e a cura de doenças pelos
bons ares aqui encontrados.
17.
(GUIADOESTUDANTE/SIMULADO/2009) Leia os fragmentos abaixo:
– a terra
entre o povo Maxakali (vale do Mucuri, nordeste mineiro)
“Antigamente
os Maxakali mudavam muito. Por que os Maxakali mudavam muito? Há muito tempo
atrás tinha muita terra. A terra Maxakali era muito grande e os Maxakali viviam
mudando de um lugar para outro. Os poucos antepassados que ainda existiam
vieram de uma parte e de outra e se encontraram aqui (...). Enquanto os
Maxakali estavam aqui, com as terras grandes para eles, vieram os fazendeiros,
tomaram as terras e dividiram-nas entre si.(...)”.
Fonte:
Maxakali Mônâyxop `Ãgtux Yõg Tappet. O Livro que Conta Histórias de
Antigamente.
MEC,
Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Projeto Nordeste/ PNUD,
1998.
p.71. Trad. Rafael Maxakali
– a terra
entre o povo Munduruku (Amazonas, Mato Grosso e Pará)
“(...)
A preocupação com a preservação da natureza tem feito com que muitos povos se
organizem para defender seus direitos garantidos pela Constituição Federal,
aprovada em 1988. Essas organizações indígenas sabem que a terra é sagrada e
tudo o que for feito a ela hoje atingirá, mais cedo ou mais tarde, todas as
pessoas do planeta."
Fonte:
MUNDURUKU, Daniel. Coisas de Índio – versão infantil. São Paulo, Callis
Editora, 2003. p.51-2
Entres os
povos indígenas mencionados prevalecem as concepções de:
a)
valorização da propriedade coletiva da terra e vínculo com a ancestralidade.
b)
valorização da posse privada da terra e negação das tradições herdadas dos
antepassados.
c)
valorização da posse coletiva da terra e negação de vínculos com a
ancestralidade.
d)
valorização da posse privada da terra e negação dos valores ligados ao mundo
espiritual.
e)
valorização da posse coletiva da terra com desrespeito à natureza entendida
como bem mercantil.
18. A
descoberta de novas terras por navegadores portugueses e espanhóis alimentou a
imaginação dos europeus e fomentou uma visão paradisíaca do Novo Mundo. Com
respeito a essa “visão do paraíso” nos trópicos, é correto afirmar:
a) Os europeus esperavam encontrar monstros e
outras entidades mitológicas, o que se confirmou na presença de animais
pré-históricos e seres humanos estranhos.
b) Os temores com relação ao inesperado levaram muitas vezes os europeus
a demonstrar uma violência desumana contra os nativos do chamado Novo Mundo.
c) As descrições dos novos territórios, com suas florestas exuberantes e
seus pássaros exóticos, vinham confirmar as expectativas de descoberta do
Paraíso na Terra.
d) O encontro com seres de uma nova cultura, em um ambiente natural
diferente, criou um clima propício ao entendimento mútuo e ao respeito pela
vida humana, como era pregado pelos religiosos europeus.
e) Os primeiros colonizadores europeus ficaram maravilhados com a
cultura indígena a ponto de sofrerem influência direta dos valores nativos.
19. Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei D. Manoel, ressaltava
que a salvação dos índios era a mais imediata contribuição à terra. Algumas
décadas depois, o ensino colonial desenvolvia-se fortemente influenciado pela
cultura religiosa do colonizador. Sobre os primeiros educadores da fase
colonial, é correto afirmar que eles:
a) Conseguiram
dissociar a evangelização do processo colonizador luso-brasileiro.
b) Permaneceram alheios ou indiferentes aos abusos
praticados pelos senhores de escravos. c) Presos às ideias etnocêntricas europeias, ignoraram as línguas
indígenas. d) Pretenderam espalhar a fé, tomando novos súditos tementes a
Deus e obedientes ao rei. e) Tinham por objetivo promover à Igreja
Católica, mantendo intacta a cultura indígena.
20. Sobre
a organização econômica, social e política das comunidades indígenas
brasileiras, no período inicial da conquista do território pelos portugueses, é
correto afirmar:
I. Os
nativos viviam em regime de comunidade primitiva, em que a terra era de
propriedade privada dos casais e os instrumentos de trabalho eram de
propriedade coletiva.
II. A
divisão das tarefas era por sexo e por idade; as mulheres cozinhavam, cuidavam
das crianças, plantavam e colhiam; os homens participavam de atividades
guerreiras, da caça, da pesca e da derrubada da floresta para fazer a lavoura.
III. A
sociedade era organizada em classes sociais, sendo o excedente da produção
controlado pelos chefes das aldeias, responsáveis pela distribuição dos bens
entre os indígenas.
IV. Os
indígenas brasileiros não praticavam o comércio pois tudo que produziam
destinava-se à subsistência, realizando apenas trocas rituais de presentes.
Está(ão)
correta(s)
a) apenas
I e II.
b) apenas
I e III.
c) apenas
III.
d) apenas
IV.
e) apenas
II e IV.
1
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20
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C
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B
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C
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A
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C
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C
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D
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B
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D
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E
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